Pense em uma pessoa que você considera difícil. Qual a sua
reação diante da imagem dessa pessoa em sua mente?
Costumamos chamar essas pessoas de chatos, nos afastamos.
Temos receio de chamar para um almoço, happy hour ou festa da família. Essas
pessoas sempre têm opinião formada sobre tudo, são eventualmente arrogantes,
outros são dissimulados e alguns bem autoritários ou controladores. Dá vontade
de correr dessa pessoa, manter distância.
E quando não é possível se afastar da pessoa? Quando é
alguém da família ou trabalho e você precisa conviver. Como lidar com pessoas
difíceis?
Mapa não é
território: Esse conceito da PNL demonstra que cada um possui sua
representação interna do evento, o que não é necessariamente um fato. Fica aqui um lembrete: cada um tem sua própria percepção dos fatos.
Quer um exemplo? A passagem de Metrô aumentou. Esse é o
fato. Entre duas pessoas, uma pode ficar furiosa, por ter de tirar mais dinheiro
do próprio bolso. A outra pessoa pode achar ótimo pois, com o aumento da
passagem, mais pessoas vão preferir ir de ônibus, que é mais barato, e o Metrô
ficará mais confortável. Note que o fato não muda, mas as pessoas têm
percepções, e em consequência reações diferentes.
Não podemos mudar as pessoas, cada um possui uma história, e
carrega em seus comportamentos crenças e valores, intrínsecos pertinentes a
cada indivíduo e sua criação. O que ocorre com muitas pessoas que julgamos
difíceis, é que muitas vezes nos colocamos como superiores a ele. Já parou para
pensar que quando você critica, e se envolve com o comportamento, acaba
estimulando as ações dessa pessoa difícil?
O tempo fechou:
Definitivamente não é com todo mundo que podemos falar de futebol, religião e
política. Em muitos casos as pessoas tendem a reagir de forma negativa a uma
opinião contraria a sua. Em uma situação como essa, onde cada um tem seu ponto
de vista muito bem consolidado, a melhor ação é respeitar tais pontos. Você não
precisa compactuar da mesma opinião, mas respeito é o princípio de bons
relacionamentos. Se a conversa chegou em algo polêmico, peça ao outro que ouça
sua opinião, sem ter a necessidade de convencê-lo, mas explicando seus pontos
de vista. Se não houver possibilidade de prosseguir, e o ponto não for
fundamental, considere encerrar o assunto. Lembre-se, sua opinião não vai mudar
as crenças de pessoas difíceis, mas suas atitudes sim.
Vilão ou mocinho:
E assim como no conceito da PNL “Mapa não é território”, todos nós temos
virtudes e defeitos. E reconhecer as virtudes de uma pessoa difícil é de grande
valor para a relação entre vocês. Levantar os momentos em que a pessoa foi assertiva,
valorizar o que ela tem de virtuoso e que fará diferença no meio social.
Utilize a técnica 20 para 1. Para cada 20 elogios, você pode fazer 1 crítica.
Difícil? Experimente um novo comportamento, e verá como suas relações vão
melhorar.
É do ser humano a percepção de que, “se não vai em linha do
que eu penso, não é correto”. É importante dizer que nem sempre estamos
corretos, e nossa verdade não é absoluta.
Quando é necessário
romper: É muito complicado quando estamos falando de um chefe, ou mesmo um familiar
próximo. Romper não significa necessariamente deixar de falar, mas minimizar o
contato com aquele que não esta valorizando seu esforço em melhorar o
relacionamento. Se você julga que a pessoa tem comportamento abusivo, não
permita que seus valores sejam feridos. Ás vezes esse relacionamento precisa
ser deixado de lado. Deixe-o ir.
O dialogo será sempre uma ponte nas relações humanas,
mantenha sempre o foco em quem você é, e lembre-se que seus comportamentos
podem falar muito mais que suas palavras. Se agir de forma diferente, com
certeza terá resultados diferentes.
Procure tirar o foco do lado pessoal. Você perceberá como
fica mais fácil conversar nessa condição. Não é fácil, mas quanto mais nos
aprimoramos, mais sucesso tendemos a ter.
Por fim, lembre-se de que somos a média das 5 pessoas com as
quais mais temos contato. Quem você quer ser? Uma pessoa de sucesso? Ande com
pessoas de sucesso.
Boa sorte, e um forte abraço.
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